domingo, 6 de novembro de 2011

PRIVATIZAÇÃO DA SAUDE....


Alerj permite privatização da Saúde
Veja álbum de fotos das nossas atividades: https://picasaweb.google.com/adufrj
Movimentos vão fazer denúncia permanente dos deputados que votaram a favor do projeto do governo Sérgio Cabral

No dia 13 de setembro, o plenário da Alerj aprovou por 49 votos contra 12 o Projeto de Lei (PL) nº 767/2001, que permite entregar a gestão dos hospitais estaduais às chamadas Organizações Sociais (OS). O projeto, de autoria do governo Sérgio Cabral, tem como foco a privatização dos órgãos públicos do setor. O Fórum pela Saúde, que reúne diversas entidades sindicais, tem denunciado este modelo de gestão, que causa prejuízos à população onde já foi implantado, como em São Paulo.
Representantes de movimentos e dos bombeiros que lutam contra a privatização da saúde pública também estiveram presentes para acompanhar a votação. Porém, foram impedidos de entrar nas galerias. E foram recebidos com spray de pimenta pela tropa de choque da Polícia Militar. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do estado (Sindsprev), que participou desde o início dos atos e da vigília contra o PL, destacou no seu site: “Foi um dos episódios mais vergonhosos da história da Alerj”. Os manifestantes permaneceram do lado de fora, nas escadarias, para alertar à população das reais intenções dos deputados e do governo Cabral (PMDB).
O texto foi aprovado, mas a Casa ainda discutirá cerca de 20 destaques – a última tentativa de aprovação de emendas rejeitadas pelo parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que acolheu 37 das 307 emendas apresentadas. As emendas destacadas são votadas individualmente.Após a votação dos destaques, o projeto será enviado à sanção do governador Sérgio Cabral.
Denúncia de Deputados
Os diversos movimentos presentes decidiram que vão denunciar todos os deputados que votaram a favor do PL 767/2011. A denúncia será constante e feita especialmente nas bases eleitorais de cada um dos parlamentares que apoiaram a privatização da saúde estadual. Cartazes com nomes, fotos e partidos desses deputados também serão produzidos. 
Na foto abaixo, o deputado Coronel Jairo (PSC) é recebido, com protesto, pelos manifestantes

Vamos refletir sobre a privatização da saúde ???
 comecemos por analisar o artigo abaixo...observem...27 de setembro de 2001...portanto 10 anos atrás...
SAÚDE: DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO
Artigo publicado no Monitor Mercantil em 27.09.2001.       
Prof. Marcos Coimbra
Professor Titular de Economia junto à Universidade Candido Mendes, Professor na UERJ e Conselheiro da ESG
            Os países mais desenvolvidos, na década de 50, aplicavam em gastos com assistência à saúde cerca de 3% do PIB. Agora,  alguns desses países têm 16 % de seu PIB  investidos em  assistência à saúde. E isto considerando-se ter havido a progressiva desaceleração do crescimento populacional nesses mesmos países. Nosso sistema de saúde possui vários paradoxos. O primeiro, gerencial: improvisam-se gerentes para decidir em organizações complexas, do posto de saúde ao ministério da Saúde. O segundo, organizacional: descentralização centralizante, com o espectro do INAMPS renascendo nas secretarias estaduais ou municipais de saúde. O terceiro, econômico: carência de recursos em paralelo a enormes desperdícios. Falta de pessoal, com profissionais desmotivados, descomprometidos. Falta de recursos materiais ou financeiros com desvios e desperdícios. O quarto, assistencial: resolutividade do ato médico entendido apenas nos estágios avançados de organização da saúde. Não existe promoção da saúde e a prevenção está reduzida à vacinação. O diagnóstico e tratamento constituem a verdadeira medicina, praticada nas enfermarias, nas UTIs e no Centro Cirúrgico. A reabilitação é desprezada.
            A saúde é talvez o bem mais precioso que um ser  humano possui. De nada adianta ter riquezas incomensuráveis, se  a pessoa padece de enfermidades sem cura. A assistência médica é proporcional principalmente ao volume de recursos possuídos pelo indivíduo e seus próximos, em termos particulares. É óbvio que, quanto mais ricos, melhores serão suas condições de atendimento. Contudo, se o cidadão não é rico, ele depende da assistência médica prestada pelo setor público. Como ela, no momento, não é de boa qualidade, de um modo geral, as pessoas, que podem, recorrem a empresas particulares, pagando vultosas mensalidades, para tentar obter uma assistência médica digna. E quase sempre não conseguem alcançar seus objetivos. Geralmente, o atendimento deixa a desejar. E  os cidadãos que não possuem recursos para pagar planos privados? Dependem apenas da assistência médica propiciada pelo setor público, direito garantido pela Constituição. Antigamente, ela era de boa qualidade, atendendo satisfatoriamente a todos. Contudo, com o correr do tempo, ela foi se deteriorando, devido a insuficientes recursos canalizados pelas administrações federal, estadual e municipal ao importante setor. 
                       No instante, temos no comando do ministério da Saúde um economista que nada entende do ramo. Apenas vale o "humor ferino" de que o economista "mata no atacado" e o médico "mata no varejo". O  Brasil aplica só cerca de 2% do PIB em assistência à saúde, enquanto gasta 10% do PIB em juros. A nossa Constituição prescreve que a saúde, ou melhor, a assistência médica,  é dever do Estado e direito de todos, bem como a necessidade de um eficaz saneamento básico, pois é fato conhecido de todos que um real investido na prevenção poupa  muitos reais consumidos na medicina curativa. E nosso diagnóstico, como economista, é assustador. O cidadão paga tributos a nível federal, estadual e municipal para que o Setor Público cumpra sua missão. E, infelizmente, constatamos reinar o caos na área. Há hospitais federais, estaduais e municipais com tarefas e regiões superpostas e a população cada vez mais abandonada.
            Como já vimos, recursos existem, se bem que insuficientes. Só em CPMF, no ano de 2001, a arrecadação deverá ser da ordem de R$ 17 bilhões. Mas não chegam ao destino final, sendo desviados para outras funções ou mal geridos, provocando desperdícios ou sendo desviados nas redes de corrupção. E a população, insegura, corre atrás de planos de medicina de grupo ou seguro-saúde, alguns revelando-se verdadeiras "arapucas" e a maior parte apenas interessada em maximizar seus lucros e não com atendimento digno ao segurado. A maioria dos profissionais de saúde, na área pública, é mal remunerada, apesar de sua capacidade, enquanto uma minoria, composta de "marajás" do setor privado, enriquece numa associação espúria, canalizando pacientes para suas clínicas particulares, desde que os rendimentos sejam elevados e deixando o paciente       de alto custo na rede pública, muitos dos quais associados destes famigerados planos, sem que haja ressarcimento ao Estado dos custos do tratamento.
            A solução passa pela clara delimitação de responsabilidades, com adequados orçamentos, pelas três esferas de poder. A nível federal, a responsabilidade pelo saneamento básico, pela prevenção das endemias, pela coordenação geral das atividades médicas empreendidas pelos estados e municípios. Na esfera estadual, o dever de manter hospitais de maior especificidade para atender aos problemas crônicos, de maior nível de especialização, demandando internações maiores. Aos municípios, além do reforço às funções anteriores, a responsabilidade pelo atendimento ambulatorial, a triagem, o restabelecimento do médico de família. Todos os profissionais bem remunerados, com treinamento adequado, recursos compatíveis, instalações dignas e o tratamento indicado assegurado (inclusive medicamentos e exames). Todo paciente com o direito de ser dignamente atendido, com o ressarcimento pelos planos particulares dos tratamentos efetuados, quando o paciente for associado a um deles. Assim, haverá recursos e todos serão atendidos pela rede pública dignamente. Quem tiver recursos de sobra, e assim o desejar, que procure os "medalhões". Na medicina verdadeira não há lugar para o mercantilismo. Quem o quiser, que deixe de exercer a nobre profissão e abra um cassino.
            Agora, percebe-se claramente o progressivo sucateamento da rede pública, o desprezo por seus profissionais, numa clara preparação da privatização total do setor. Os planos particulares já possuem mais de 40 milhões de associados. Falta-lhes apenas os hospitais. E o planejamento dos "mercantilistas" da saúde é justamente este. Tornar os hospitais públicos inviáveis para comprá-los a preços vis, tornando-se assim possuidores deste vasto patrimônio, construído com recursos de toda a população que, como sempre, será esbulhada.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

CONTINUEMOS NOSSA REFLEXÃO...
POR QUE PRIVATIZAR A SAÚDE ??
QUEM GANHA COM ISTO ?
QUEM PERDE??
Vamos permitir uma nova onda de privatizações ??
Ainda não estamos “prontos” politicamente para gerenciar a saúde do nosso pais / estado e municípios ??
Nunca se privatizou tanto quanto na era FHC...
Talvez naquele momento fosse preciso esta atitude...TALVEZ...
O patrimônio construído ao longo dos anos foi transferido para a iniciativa privada...
Pense bem...esta sendo feito o mesmo com a saúde..

Não estamos “prontos politicamente “ para gerenciar nosso pais ???
Inclusive a saúde da população ??

Privatizar é se dar o certificado de INCOMPETÊNCIA...

SAÚDE : DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO...esta na constituição...

Vamos transferir para outros, pois não temos condições/competência de administrar, gerenciar...
Exatamente isto que os políticos estão fazendo...
transferindo o patrimônio do estado - DA POPULAÇÃO BRASILEIRA...para a iniciativa privada por se ver INCOMPETENTES...? sera ? ou outros interesses ?

Claro os desvios e corrupção são grandes e quem permite isto acontecer ?
quem deve fiscalizar ?
quem deve estar no controle ?
onde estão os Conselhos nas três esferas de governo?
Quem quer fazer Controle Social ?

De que adianta ter Conselhos se as deliberações nem sempre são cumpridas ?

Quando vamos estar “prontos” ??
Quem elegemos para nos representar nas três esferas de governo – União , Estado e Municípios ???
Como estão aqueles(as) que elegemos ??
Quem sabe em quem votou na ultima eleição ?? como esta seu desempenho ??
E os nossos conselheiros ?
fazer controle social é um longo e árduo aprendizado...
Ser conselheiro...TRABALHAR DE GRAÇA ?.

“trabalhar de graça e eles com milhões nos bolsos...cada vez aumentando mais seu patrimônio” , muitas vezes ouvimos isto de algumas pessoas... sim falta estimulos...

Isto é verdade, as vezes temos conselheiros que nem dinheiro para a passagem tem...
São muitas as perguntas e duvidas...sem respostas...

Onde encontrar motivação..

Mas...precisamos ter determinação...
ensinar...aprender...rever...aprimorar...crescer politicamente...ser protagonistas da nossa própria historia...

È preciso repensar muitas situações...
Em 2001 quando foi escrito o artigo acima, não tinha tanta “força” as REDES SOCIAIS...
passados 10 anos...
AS REDES SOCIAIS DERRUBAM DITADORES...
TRAZEM POLITICOS PARA A REALIDADE DO SEU ELEITOR...
OU ELE SERA ELIMINADO DO CENARIO POLITICO...
Vamos pras ruas se preciso for...

Isto é fazer CONTROLE SOCIAL...

Elegemos,
SE QUEM ELEGEMOS...não correspondeu ....
VAMOS MANDA-LOS PRA CASA...
TEMOS A DECISÃO NAS MÃOS A CADA 4 ANOS...ou antes...impeachment ja em algumas situações...
Nós somos os verdadeiros “PATRÕES”...
BRASIL UM PAIS DE TODOS..

O POVO AINDA NÃO SABE A FORÇA QUE TEM...
aceita “migalhas” – sacos de cimento ou pequenas doações...abaixa a cabeça...reflexos de um período de ditadura que vivemos ? colonização ? até quando ?

"Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela

mesma razão."

(Eça de Queiróz)







 



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